29 de nov. de 2023

CONTO - CRIAÇÃO DA ALUNA DA ESCOLA JOÃO DARCY - IGREJINHA - RS

 

Título: O dia da pesca maluca.



                Bom, um lindo pescador foi para  a sua pescaria, mas chegando lá, logo estava vendo uma luz vermelha! Aproximou-se dessa estranha luz e encontrou raio laiser. Pegou o laiser e foi em busca do (a) dono (a). Ele estava ouvindo uma cantoria vinda do outro lado do rio, curioso foi até lá.  Deu de cara com uma caverna e uma  mulher muito linda dentro dela. Ele se apaixonou por ela, quando viu-a, logo ela também se apaixonou pelo pescador. Imediatamente ele perguntou para mulher se o laiser era dela e essa confirmou que era sim. O jovem falou que estava feliz por ter encontrado o seu dono. Ele pediu o número dela para eles conversar e ela passou para o pescador.



                Após ele sair da caverna onde ele encontrou a mulher, só queria ir direto para casa, mas no meio do caminho, encontrou um sujeito com cara de bandido e esse já erra velhinho. Esse suspeito pegou a vara de pesca do pescador, como se fosse dele. O pescador estava tão apaixonado que nem ligou muito, porque tinha muitas varas de pescar em casa. Após ele chegar na sua casa,  logo mandou mensagem para a nova mulher, com aquela que começou a conversar com o pescador. Essa garota abriu o seu coração ao jovem lenhador, falou para ele ela não tinha casa, que morava na caverna onde eles se encontraram. O pescador ficou muito triste por isso. Ele só não chamou ela para morar com ele,  porque a casa dele era muito pequena.



                No dia seguinte ele foi pescar muito triste com a situação da mulher, quando ele estava voltando para casa após a pescaria, encontrou um bilhete de loteria na rua, ele foi correndo para casa porque ele queria saber o resultado que sairia às 19horas, mas já era 18h55min. O jovem apaixonado conseguiu chegar a tempo, foi conferir a tal de aposta e ele ganhou sozinho, o equivalente a 50 milhões de dólares. Tudo parecia um sonho! Ele não estava acreditando.



                O pescador foi direto para a caverna da mulher e falou para ela que haviam ganhado esse fantástico prêmio, na loteria e ela ficou muito feliz! Logo fizeram planos e a casa para eles dois se casar e ter onde morar foi o primeiro plano. Uma cabana bem grande só para eles. Na hora ela aceitou e assim ele comprou a casa para eles. E eles viveram felizes para sempre.




Oba! Férias escolares!

 

Além do descanso merecido após uma rotina intensiva de estudos, os estudantes e educadores também precisam de lazer e atenção familiar para desenvolverem habilidades sociais, emocionais e cognitivas, afinal elas não aprendem apenas quando estão na escola.

No site do Dom Bosco (https://www.dombosco.com.br/noticias/a-importancia-das-ferias-escolares.html) tem ...


Dicas para curtir ao máximo as férias escolares

1. Crie momentos especiais em família por meio da bricolagem

2. Reforçar os laços familiares com direito a aventuras na cozinha

3. Viajar é sempre bom, mas com pequenos estímulos fica melhor ainda

4. Uma boa sessão pipoca para maratonar filmes e séries nunca é demais

5. Cinema e teatro são sempre uma ótima ideia!

6. Uma colônia de férias tem sempre muitas vantagens

7. Busque oficinas e outras possibilidades interessantes

8. Movimentar-se faz bem à saúde e é muito divertido

9. Promova rodadas de jogos em casa

10. Reunir os amigos é garantia de muita diversão

11. Quem canta os seus males espanta

12. Explore a sua cidade

13. Promova boas rodas de leitura

14. Incentive o desapego!

15. Colocar a mão na terra é sempre uma boa pedida!


28 de nov. de 2023

AULA DE CONTOS - CONTOS DE TERROR -

 

 

O conto é um gênero literário que possui narrativa curta e tem sua origem da necessidade humana de contar e ouvir histórias. Passa por narrativas orais de povos antigos, trilhando pelos gregos e romanos, pelas lendas orientais, parábolas bíblicas, novelas medievais, até chegar a nós como é conhecido hoje.

A estrutura do conto é formada por situação inicial, desenvolvimento e situação final.


                                      o casal de velhos                                                  Edson Gabriel Garcia

 

O céu estava escurecendo rapidamente, fechado, com nuvens escuras, quase pretas, anunciando uma tempestade de trovões, relâmpagos e água pesada. Manezinho  apressou o passo na estrada deserta meio sem saber o que fazer. Tinha pegado carona até o trevo e agora caminhava em direção à cidade que se escondia do lado de lá da pequena montanha. Quase uma hora de caminhada e via apenas a estradinha espichando em direção ao monte de terra. Tomaria chuva, com certeza. No máximo, tentaria se esconder debaixo de uma daquelas arvorezinhas raquíticas que margeavam o caminho. A escuridão aumentou ainda mais, fazendo com que ele, um homem danado de corajoso, tivesse medo do temporal e do aguaceiro que estavam por vir. Pensou em correr um pouco, mas desistiu, achando que nada adiantaria. Olhou para cima, como que buscando explicação, e resmungou: “Que venha água, que eu não tenho medo!”




Mal acabara de resmungar, avistou uma casinha branca e suja, na beira da estrada quase sem vegetação. Manezinho levou um susto que o fez arrepiar: até bem pouco tempo atrás, algumas dezenas de passos antes, a casinha não estava ali. Ou estava vendo uma miragem ou  o medo da tempestade era real e não o estava deixando ver nada à sua frente. De qualquer forma, após a primeira impressão de estranhamento, apressou-se em bater à porta e pedir guarida, antes que a natureza o castigasse:

- Ó de casa!

Silêncio.

- Ó de casa! Tem gente aí?

Ouviu um barulho de ferro rangendo e a porta de madeira se abriu. Um rosto velho, cheio de rugas, mas simpático, apareceu com um sorriso acolhedor. Manezinho se explicou à velha senhora:

- Vem chuva brava aí, minha senhora. Ainda estou longe da cidade...

A velha olhava ternamente para Manezinho.

- ... se a senhora não se importar...

- Claro que não, meu filho. Entre. A casa é pobre mas dá para receber mais um.

- Obrigado! Assim que a chuva passar, eu vou embora.

- Não precisa ter pressa. A casa é pobre mas cabe mais um. Entre.

Manezinho entrou. A casa era pobre mesmo. Ou melhor, reparando bem, a casa, na verdade, era estranha, mais estranha do que pobre: o cômodo em que se encontrava era grande, escuro, com luz de velas e três cadeiras apenas; havia um outro cômodo, mas estava fechado. Numa das cadeiras estava sentado o outro habitante da casa, um velho não menos simpático:

- Fique à vontade – disse, levando-se para cumprimentá-lo com uma enorme mão fria. – Sente-se.

Manezinho sentou-se. Os velhos também se sentaram. Pareciam tristes, mas queriam conversa.

- O senhor vem de longe?

Manezinho contou alguns pedaços de sua história.

- Não tenho lugar de onde venho. Faz três ou quatro anos que não tenho lugar fixo. Sou do mundo...andando aqui e ali...Paro um pouco em cada lugar, trabalho, ganho algum dinheiro e torno a seguir caminho.

Um cheiro forte de velas tomava conta do cômodo e da história.

- Você não tem família?

Manezinho não soube quem  perguntou, se o velho ou a velha. Teve a impressão de que a voz não viera de nenhum dos dois, que viera de algum outro lugar, tamanha era a quietude silenciosa do casal de velhos.

Mais um pouco da sua história cheirando a velas:

- Não tenho. Já tive um dia! Tive duas.

- Duas?

- É. Uma família onde eu nasci e outra que me criou desde pequeno. Depois que eu cresci e aprendi uma profissão, resolvi correr o mundo à procura de meus pais verdadeiros.

- E ainda não encontrou seus pais verdadeiros?

Manezinho entendeu que a pergunta tinha vindo da velha senhora. A fraca luz das velas e o escuro do cômodo davam-lhe a impressão de que ela era transparente, algo nebuloso, sem consistência. Achou que fosse maluquice sua, efeito do cansaço e medo da tempestade. Olhou mais fixamente para ela e respondeu:

- Não. Acho que nem vou encontrar. Mas gostaria muito de encontrá-los e dizer-lhes que gosto muito deles, mesmo tendo sido criado por outras pessoas. Eu tenho uma fotografia deles me carregando no colo. Está muito gasta e estragada, mas é a única pista que tenho para procurá-los. Quem sabe, um dia...

- Nós também passamos boa parte da vida procurando o único filho que tivemos...

Manezinho teve a impressão de que fora o velhinho o dono da fala. Continuou a conversa, dirigindo-se a ele:

- Procurando...?

- O destino tirou nosso filho. Eu não gostaria de morrer sem ver nosso filho.

Um silêncio mortal, regado a cheiro de vela, barulho de chuva, trovões e relâmpagos, interrompeu momentaneamente a conversa.

- Vou fazer uma sopa. O senhor aceita tomar um prato conosco?




- Aceito, claro.

A velha senhora foi ao outro cômodo, que estava fechado, e no mesmo instante voltou com dois pratos de sopa. Ofereceu um ao velho e o outro a Manezinho. Voltou, buscou outro para si e veio sentar-se junto deles.

- É uma sopa pobre, mas é a mesma que ofereceríamos ao nosso filho se o encontrássemos.

Manezinho tomou a sopa mais por gentileza. Não tinha gosto algum o líquido que ele levava à boca. Depois continuaram a conversa, devagar, com intervalos de silêncio, mas sem parar. Havia nos velhos algo de extremamente simpático e familiar, algo que, apesar das estranhezas da casa e do comportamento dos velhos, cativava Manezinho.

- Acho que seria a minha maior alegria reencontrar meus pais.

- Também seria a nossa grande alegria rever o filho que o destino levou...

A conversa arrastou-se por mais tempo. Manezinho, às vezes, tinha a impressão de que conversava sozinho, tamanha era a quietude do casal de velhos. Foi assim até que sentiu sono. A tempestade tinha passado e ele decidiu que podia continuar a caminhada. Mas a gentileza dos velhinhos segurou-o mais tempo, dessa vez para dormir.

- Não se vá. Está escuro e a cidade fica longe. Durma aqui e amanhã você seguirá caminho. Não tem cama, mas você pode se ajeitar num canto qualquer.

Ele agradeceu e aceitou. Encostou-se num canto do cômodo, esticou o corpo no chão frio, apoiou a cabeça na mala de lona que trazia consigo e dormiu. Dormiu cansado, ainda com fome, com frio e uma esquisita sensação de não estar entendendo direito sua presença naquela casa e a conversa com o casal de velhos. Dormiu mal, uma noite cheia de sonhos estranhos, pesados e incompreensíveis.

Acordou de noite maldormida com a luz forte do sol filtrada pelo grosso vidro da porta da casa. Ainda cansado da noite de sono ruim, correu lentamente os olhos pelo espaços da casa. Procurando primeiro a presença dos velhos e depois os objetos conhecidos. Não encontrou nenhuma coisa nem outra. Não havia barulho de pessoas, só silêncio. Não havia sinais de vida. Só três cadeiras escuras encostadas à parede e quatro cavaletes de ferro cromado. Na frente dos cavaletes, como se fosse um altar, enormes castiçais com grandes velas brancas pareciam arrumados para alguma cerimônia. Ele deu um pulo, o coração batendo desesperado, quase à boca, e correu para a porta, abrindo-a imediatamente.

Não fosse Manezinho quem era, uma pessoa acostumada às surpresas, às mudanças, aos reveses da vida, teria sucumbido ante o susto que levou quando percebeu onde estava: acabara de passar a noite na capela do cemitério da cidade. Saiu disparado em direção ao portão. No caminho, encontrou uma pessoa, provavelmente o coveiro, cavando duas covas. Parou junto ao homem e perguntou-lhe:

- O senhor pode me dizer se há por aqui uma pequena casa habitada por um simpático casal de velhos?

O coveiro ergueu o corpo, descansou a pá suja de terra e respondeu:

- Não moço. No caminho da cidade só tem mesmo o cemitério. Agora... o casal de velhos simpáticos de que o senhor está falando pode ser o que morreu esta noite. São dois velhos que moram perto da escola. Eles morreram, depois da chuvarada. Essas covas são para eles...

Um arrepio profundo quase revirou o corpo de Manezinho.Lembrou-se da conversa, da sopa, do cheiro de vela...

- Onde o senhor disse que eles moram?

- Moravam, moço. Agora já morreram.

- Onde eles moravam?

- Perto da escola. Todo mundo sabe, é só perguntar.



Manezinho disparou pela estrada. Estava um pouco longe, mas a carreira foi tão aflita e desesperada que num instante a cidade chegou perto dele. Mais um instante e descobriu a casa do casal de velhos. Sentiu que estava perto, bem perto de alguma explicação. O cheiro de velas da noite anterior voltou aos seus sentidos quando entrou na pequena sala onde estavam, lado a lado, os dois caixões de madeira com os corpos. Aproximou-se , devagar, e viu os rostos do simpático casal com quem passara a noite anterior. O estômago vazio resmungou em coro com o coração acelerado. Ali estavam seus dois companheiros de conversa! Mas faltava alguma coisa ainda. Faltava uma explicação. Por que ele? Por que eles? Por mais que procurasse entender o episódio da noite passada no cemitério, não conseguia encontrar explicações.

Ficou muito tempo de pé, parado em frente aos corpos, em meio à curiosidade das pessoas que ali estavam. Alguém lembrou-se de convidá-lo a sentar-se. Manezinho agradeceu e sentou-se. Os olhos começaram a correr a parede, mecanicamente, procurando aqui  ali os detalhes que estavam escapando de sua compreensão. E foi assim, nessa procura, recolhendo pedaços de lembranças, que reparou em uma moldura desbotada presa à parede.

“Não é possível! Não é possível!”

Apanhou sua carteira e, atrapalhado, remexendo papéis e cédulas velhas de dinheiro, pegou uma fotografia. Nela, um casal abraçava carinhosamente uma criança de cerca de três anos. Era a foto dele com seus pais verdadeiros, primeira e única foto, relíquia guardada por anos e anos.

Manezinho levantou-se, trêmulo, e se aproximou da foto maior da parede. Ergueu a sua e comparou. Eram rigorosamente a mesma foto.

A cidade toda ouviu o grito de Manezinho.

 

 

                                   

GARCIA, Edson Gabriel. Sete gritos de terror. São Paulo:Moderna,1991.

 

 

 

 

ATIVIDADES

 




1) Enumere as frases de acordo com a ordem do texto:

(   ) "Manezinho sentou-se. Os velhos também se sentaram. Pareciam tristes, mas queriam conversa."

(   ) " Mal acabara de resmungar, avistou uma casinha branca e suja, na beira da estrada quase sem vegetação."

(   ) " Acho que seria minha maior alegria reencontrar meus pais."

(   ) " A cidade toda ouviu o grito de Manezinho."

(   ) " Um cheiro de velas tomava conta do cômodo e da história."

(   ) " Um silêncio mortal, regado a cheiro de vela, barulho de chuvas, trovões e relâmpagos, interrompeu momentaneamente a conversa."

(   ) " moravam, moço agora já morreram."

 

2) Por que Manezinho procurou abrigo na casa do casal de velho?

 

 

 

 

3) Como Manezinho foi recebido pelo casal de velhos?

 

 

 

 

4) O que significava o cheiro de velas?

 

 

 

 

5) Cruzadinha:

a) O lar eterno dos mortos.

b) Quem faz a cova é o...

c) O que reveste quadros e porta- retratos?

d) Retrato também é conhecido como...

e) O velho morre. Os velhos...

f) Sinônimo de calafrio.

g) Manezinho teve uma noite...

h) O que fez Manezinho ao constatar a verdade, no final do texto?

i) Assustou-se, levou um...

j) Chuva forte também é conhecida como...

 

a)

 

 

 

 

 

 

R

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

b)

 

 

 

E

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

c)

 

 

L

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e)

 

 

 

 

 

M

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

f)

 

 

 

 

P

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

g)

 

A

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

h)

G

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

i)

 

 

 

 

O

 

 

 

 

 

 

 

 

 

j)

 

 

 

 

 

S

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6) Procure no caça-palavras, algumas palavras presentes no texto que remetem ao tema mistério:

V

L

M

J

H

T

X

C

M

T

E

M

P

O

R

A

L

S

D

Q

L

R

Z

O

C

N

T

C

C

T

A

R

V

F

Ç

L

R

Q

A

X

B

Õ

B

M

T

K

V

C

Y

W

E

T

R

E

C

H

U

V

A

S

Q

Z

J

 

 

7) Onde a história acontece? Ilustre e descreva os ambientes:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





8) Em sua opinião, Manezinho conheceu seus pais biológicos? Ou apenas seus “fantasmas”? Justifique:

 

 

 

 

 

9) Qual é a importância do coveiro na narrativa?

 

 

 

 

10) O que nos sugere o nome do personagem " Manezinho" ?

 

 

 

 

 

 

11) Escreva um parágrafo respondendo qual seria a sua reação se estivesse no lugar do personagem principal?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

BOM TRABALHO