14 de abr. de 2012

A TURMA 26 - LITERATURA

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TRABALHO DE LITERATURA - 

ESPECIAL PARA A TURMA: 26 
PROFESSOR:  ELEMAR GOMES
1

Pietro da Cortona: O triunfo da Divina Providência, 1633-1639. Afresco em teto doPalazzo Barberini, Roma
2

Agnolo Bronzino: Alegoria do triunfo de Vênus, 1540-1545, uma típica obra maneirista. National Gallery of London
3

Andrea Pozzo: Apoteose de Santo Inácio, teto da Igreja de Santo Inácio de Loyola, Roma
4

Philippe de Champaigne: Vanitas, c. 1671. Museu de Tessé, Le Mans
5

Charles Le Brun: A apoteose de Luís XIV, 1677. A arte acadêmica a serviço do Estado
6

Rubens: As consequências da guerra, 1637-38. Palazzo Pitti, Florença
7

Bernini: Êxtase de Santa Teresa, 1625
8

Interior da Igreja de São Francisco, Salvador
9

Narciso Tomé e filhos:El Transparente, altar na Catedral de Toledo
10

Detalhe de um Sacro Monte em Varallo Sesia
11

Pierre Legros: A Religião derrotando a Heresia e o Ódio, Igreja de Jesus, Roma.
12

Pierre-Étienne Monnot: São Paulo,Basílica de São João de Latrão, Roma.
13

Antoine Coysevox:Mercúrio cavalgando Pégaso (cópia),Jardim das Tulherias, Paris
14

Nossa Senhora e anjos, sacristia da Igreja e Convento de São Francisco, Salvador
15

Anônimo: Estátua de roca representando oSenhor dos Passos,Capela Nosso Senhor dos Passos, Porto Alegre
16

Aleijadinho: Cristo no Monte das Oliveiras,Congonhas do Campo
17

Caravaggio: A crucificação de São Pedro, 1600-1601.Igreja de Santa Maria del Popolo, Roma
18

Rembrandt: Lição de anatomia do Dr. Tulp, 1632. Mauritshuis, Haia.
19

Nicolas Poussin: Et in Arcadia ego, c. 1630,Museu do Louvre, Paris.
20

Tomás Yepes:Natureza-morta com aves e lebre, século XVII. Museu do Prado, Madrid
21

Hyacinthe Rigaud:Retrato de Luís XIV, 1701. Museu do Louvre, Paris.
22

Johannes Vermeer:Alegoria da Pintura, c. 1666.Kunsthistorisches Museum, Viena
23

Bartolomé Esteban Murillo: Imaculada Conceição, 1678. Museu do Prado, Madrid
24

Jacob van Ruisdael:Paisagem, 1649.National Gallery of Scotland, Edinburgo
25

Vignola e Della Porta: Igreja de Jesus, Roma
26

Jacob van Campen: Prefeitura deAmsterdã
27

Catedral de Santiago de Compostela, fachada de Fernando de Casas Novoa
28

João Frederico Ludovice: Mosteiro e Palácio Real de Mafra
29

John Vanbrugh:Palácio de Blenheim, Woodstock
30

Interior da igreja daAbadia de Melk
31

Claudio de Arciniega:Catedral Metropolitana, Cidade do México
32

Igreja de São Francisco, João Pessoa. Inspirada na Igreja de São Francisco em Cairú, de Daniel de São Francisco.
33

Carlo Ferrarini eFrancesco Maria Milazzo: Igreja da Divina Providência, Goa Velha.
34

Santa Teresa de Ávila escrevendo, em tela de Rubens no Kunsthistorisches Museum.
35

Karel Dujardins: Uma companhia de Commédia dell'Arte em um palco ao ar livre, 1657. Museu do Louvre.
36

O Curral de Comédias em Almagro, um típico teatro espanhol do século XVII, em uso ininterrupto desde então.
37

Interior de uma casa de ópera do século XVIII
38

Jean Le Pautre: Apresentação de Alceste, de Jean-Baptiste Lully, no Pátio de Mármore do Palácio de Versalhes, 1674
39

Escola cuzquenha: Virgem de Copacabana, fim do século XVII
40

Memorial do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, um projeto neobarroco de Theodor Wiederspahn, início do século XX



10 de abr. de 2012

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ÉRICO VERÍSSIMO - trecho de 'O tempo e o vento'

Érico Veríssimo

(...)
D. Henriqueta começou a servir o chimarrão ao marido e aos filhos.  A cuia passou de mão em mão, a bomba andou de boca em boca.  Mas ninguém falava.

Maneco apagou a lamparina, e a luz alaranjada ali dentro da cabana de repente se fez cinzenta e como que mais fria.  As sombras desapareceram do pano onde Ana tinha fito o olhar.  Ela então ficou vendo apenas o que havia nos seus pensamentos.  Seus irmãos tinham levado Pedro para bem longe;  três cavalos e três cavaleiros andando na noite.

Pedro não dizia nada, não fazia nenhum gesto, não procurava fugir, sabia que era seu destino ser morto e enterrado ao pé de uma árvore.

Ana imaginou Horácio e Antônio cavando uma sepultura, e o corpo de Pedro estendido no chão ao pé deles, coberto de sangue e sereno.  Depois os dois vivos atiraram o morto na cova e o cobriram com terra.  Bateram a terra e puseram uma pedra em cima.  E Pedro lá ficou no chão frio, sem mortalha, sem cruz, sem oração, como um cachorro pesteado.

Agora estava tudo perdido. Seus irmãos eram assassinos.  Nunca mais poderia haver paz naquela casa.  Nunca mais eles poderiam olhar direito uns para os outros.  O segredo horroroso havia de roer para sempre a alma daquela gente.  E a lembrança de Pedro ficaria ali no rancho, na estância e nos pensamentos de todos, como uma assombração.

Ana pensou então em matar-se.  Chegou a pegar o punhal que o índio lhe dera, mas compreendeu logo que não teria coragem de meter aquela lâmina no peito e muito menos na barriga, onde estava a criança.
Imaginou a faca trespassando o corpo do filho e teve um estremecimento, levou ambas as mãos espalmadas ao ventre, como para o proteger.  
Sentiu de súbito uma inesperada, esquisita alegria ao pensar que dentro de suas entranhas havia um ser vivo, e que esse ser era seu filho e filho de Pedro, e que esse pequeno ente havia de um dia crescer...

Mas uma nova sensação de desalento gelado a invadiu quando ela imaginou o filho vivendo naquele descampado, ouvindo o vento, tomando chimarrão com os outros num silêncio de pedra, a cara, as mãos, os pés encardidos de terra, a camisa cheirando a sangue de boi (ou sangue de gente?).

O filho ia ser como o avô, como os tios.  E um dia talvez se voltasse também contra ela.  Porque era "filho das macegas", porque não tinha pai.

Tremendo de frio Ana Terra puxou as cobertas até o queixo e fechou os olhos

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