O que é Lenda?
O que é Lenda?
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Lenda é uma narrativa transmitida oralmente pelas pessoas, visando
explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais,
com imaginários ou fantasiosos, e que vão se modificando através do imaginário
popular.
Conforme vão se popularizando, as lendas tendem a ser reproduzidas
e registradas em forma de contos e histórias escritas, principalmente em
livros.
Etimologicamente, a palavra lenda vem do latim medieval que quer
dizer “aquilo que deve ser lido”.
Inicialmente, as lendas contavam histórias de santos, mas estes
conceitos foram se transformando em histórias que falam da cultura de um povo e
de suas tradições.
As lendas tentam fornecer explicações para todos os acontecimentos
e situações, inclusive para coisas que não apresentam explicação científica
comprovada, como por exemplo os supostos fenômenos sobrenaturais.
A lenda pode ser explicada como uma degeneração do mito, porque
como são repassadas oralmente de geração a geração, vão com o passar do tempo
sendo alteradas. Como diz o ditado popular: “quem conta um conto, aumenta um
ponto”.
A origem das lendas é baseada em quatro teorias que tenta dar uma
resposta: a Teoria Bíblica, com origem nas escrituras; Histórica, com origem a
partir das diferentes mitologias, Alegórica, onde diz que todos os mitos são
simbólicos, contendo somente alguma verdade moral ou filosófica; e Física, que
usa os elementos da natureza como base de todo (água, fogo, terra e ar).
Gênero
Textual - Lenda A Lenda da Iara - Amazônia
A Iara é uma moça linda, que vive na água. É tão bonita, que
ninguém resiste ao seu encanto. Aparece à noite e costuma cantar com uma voz
tão doce, que atrai as pessoas e estas, quando se dão conta, já estão sendo
arrastadas para o fundo da água.
Tem um palácio no fundo de um lago, todo construído com pedras
preciosas. Suas paredes são feitas de rubis, as janelas de águas-marinhas e a
porta é de ouro maciço, fechada por um enorme diamante.
Dizem que seu canto é mágico e atrai como um ímã. Não se pode
fugir dele por mais que se queira. Diz a lenda, que Jaguarari foi atraído por
esse canto...
Jaguarari era um índio muito forte, corajoso e bom. Gostava de
remar e o fazia tão bem que até as aves esticavam o pescoço para vê-lo.
Um dia, Jaguarari partiu muito cedo da aldeia para caçar. Como
era um belo dia, resolveu passá-lo na floresta. Encontrou um lago muito bonito
e resolveu mergulhar.
Depois de nadar bastante, deitou-se à beira do lago e admirou o
céu. Só quando sentiu fome, saiu para caçar e preparou uma das caças ali mesmo.
Comeu e adormeceu profundamente. Jaguarari despertou quase ao anoitecer e
apressou-se em retornar para a aldeia. Mal havia começado a andar, ouviu um
canto maravilhoso, mais bonito que o do uirapuru. Sem perceber, foi em direção
à origem da melodia e quando percebeu estava novamente no lago onde havia
nadado.
De repente, deparou-se com a Iara, tão linda que nem conseguia
tirar seus olhos dela. Já estava quase entrando na água, quando lembrou
do que os mais velhos contavam sobre a Iara.
Conseguiu agarrar-se num tronco de árvore na beira do lago.
Como era muito forte, segurou alguns cipós próximos e conseguiu se
afastar.
Quando chegou à aldeia, sua mãe percebeu que ele estava
diferente, mas Jaguarari não contou à ela o que tinha acontecido... disse
que era cansaço.
Nos dias seguintes, continuava preocupado e triste, o que não
era comum nele.
Quando saía para pescar, passava a maior parte do tempo junto
ao lago, esperando ver a Iara, que não aparecia.
Com o passar dos dias, foi ficando mais impaciente e resolveu
voltar ao lago. Como ele demorou a voltar para a aldeia, alguns índios foram
procurá-lo. Perto do lago, um dos índios o avistou, em pé numa canoa,
acompanhado por uma linda moça. Essa foi a última vez em que alguém o viu... (
adaptado de ‘Histórias e Lendas do Brasil’ – Editora Apel )
Atividades
1.
Há
muitas lendas sobre a Iara no Brasil. A lenda que você leu pertence à qual
lugar?
2. Como era a casa de
Iara, de acordo com a lenda?
3. Quem era
Jaguarari?
4. Como Jaguarari
sabia que era Iara quem o atraía ao lago?
5. Jaguarari
conseguiu fugir da Iara, mesmo hipnotizado por seu belo canto. Pode-se dizer
que isso é realmente verdade? Por quê?
6. Lendas são
narrativas inventadas pela cultura local e transmitidas de geração para
geração. São sempre baseadas em algum fato ou fenômeno. Seu objetivo é explicar
por que algo acontece. Por que você acha que os índios criaram a Lenda da Iara?
7. Desenhe, no seu
caderno, a parte da história que tenha considerado a mais emocionante.
8. Imagine como
Iara ficaria furiosa ao ver a condição degradante que se encontram os nossos
rios. Escreva uma carta para ela pedindo ajuda na recuperação dos rios, usando argumentos que a convençam de
realizar essa missão.
9. Releia: “ A Iara é uma moça linda, que vive na água.
É tão bonita, que ninguém resiste ao seu encanto. Aparece à noite e costuma
cantar com uma voz tão doce, que atrai as pessoas ...” O que observa-se neste
trecho ? ( ) O autor apresenta o enredo
da história. ( ) O autor apresenta o
cenário. ( ) O autor apresenta a
personagem principal.
10. Como ficaria o
trecho citado na questão 9 na fala da própria personagem? Resposta:
________________________________________________________
A LENDA
DA VITÓRIA RÉGIA
Estava
uma noite muito quente. O luar era tão claro, que se enxergava quase como se
fosse de dia. Perto da lagoa havia uma importante tribo de índios, que hoje já
não existe. Entre os índios, havia um velho chefe, muito procurado pelas
crianças, que gostavam de ouvir as suas histórias.
Como a
noite estava quente e o luar muito lindo, o velho cacique tinha-se sentado muito perto da lagoa, para descansar
e apreciar aquela beleza. Logo que as crianças descobriram que ele estava ali,
foram sentar-se perto dele. Pediram que lhes contasse uma história. O cacique,
porém, estava tão distraído, admirando a
vitória-régia, que nem se apercebera da chegada das crianças. (...) Por fim
sorriu-lhes.
- O que
estava a ver com tanta atenção? - perguntou uma.
- Aquela
estrela! Aquela bonita estrela - respondeu o cacique, apontando para a vitória-régia.
As crianças ficaram admiradas e trocaram um
olhar significativo. A vitória-régia era uma estrela? Pobre cacique! Ele
percebeu o espanto das crianças e disse-lhes:
- Não
tenham medo! Não fiquei doido, não. Não acreditam que a vitória-régia seja uma
estrela? Então ouçam:
"
Há muitos e muitos anos, nem eu sei quantos, na nossa tribo vivia uma índia,
muito jovem e muito bonita, a quem tinham contado que a lua era um guerreiro
forte e poderoso. A moça apaixonou-se por esse guerreiro e não quis casar-se
com nenhum dos índios da tribo. Não fazia outra coisa senão esperar que a lua
surgisse. Aí, então, punha os olhos no céu e não via mais nada. Só o poderoso
guerreiro. Muitas vezes, ela saía a correr pela floresta, os braços erguidos,
procurando agarrar a lua.
Todos na
tribo tinham pena da índia, pena de vê-la dominada por um sonho tão louco.
E o
tempo foi passando... contudo, o sonho não deixava a pobre moça em paz.
Queria
ir para o céu. Queria transformar-se numa estrela, numa estrela tão bonita, que
fosse admirada pela lua. Mas a lua
continuava distante e indiferente, desprezando o desejo da jovem.
Quando
não havia luar, a rapariga permanecia aborrecida na sua oca, sem falar com
ninguém. Eram inúteis os esforços dos amigos e parentes para que ela ficasse
com as outras moças. Continuava recolhida, silenciosa, até a lua aparecer
novamente.
Numa
noite em que o luar estava mais bonito do que nunca, transformando em prata a
paisagem da floresta, a moça repetiu a sua tentativa. Chegando à beira da
lagoa, viu a lua refletida no meio das águas tranquilas e acreditou que ela
tinha descido do céu para se banhar ali. Finalmente, ia conhecer o famoso e poderoso
guerreiro. Sem hesitar, a índia atirou-se às águas profundas e nadou em direção
à imagem da lua. Quando percebeu que tinha sido ilusão, tentou voltar, mas as
forças faltaram-lhe e morreu afogada.
A lua,
que era, como eu disse, um guerreiro forte e poderoso, uma espécie de deus, viu
o que tinha acontecido e ficou compadecida. Sentiu remorso por não ter
transformado a formosa índia numa estrela do céu. Agora era tarde. A moça ia
pertencer, para sempre, às águas profundas da lagoa. Porém, já que não era
possível transformá-la numa estrela do céu, como ela tanto desejara, podia
transformá-la numa estrela das águas. Uma flor que seria a rainha das flores
aquáticas.
E,
assim, a formosa índia foi transformada na vitória-régia. À noite, essa maravilhosa flor abre-se, permitindo que a
lua a ilumine e revele a sua impressionante beleza. Histórias e Lendas do
Brasil (adaptação)
Desenvolvimento:
1 -
Leitura silenciosa do texto, anotando todas as palavras, expressões ou partes
que não tenha entendido no caderno. Sentar-se com um colega e discutir com ele
sobre o que anotou. Escrever as respostas. Consultar o dicionário, caso seja
preciso.
2 –
Leitura em voz alta (feita por um aluno ou professor). 3 - Que características
possui esse texto para ser considerado uma lenda?
3 - Esse texto pode ser dividido em duas partes,
pois ele nos conta, na verdade duas histórias. Em que parte podemos fazer essa
divisão?
4 – Em sua opinião, o que pode ser considerado
fantástico nessa história?
5 - O que você achou do final da história? Se
tivesse que mudá-lo, o que mudaria?
6 –
Conversa sobre a situação dos rios atualmente.
7-
Produção de texto a) Listar no
caderno personagens folclóricos conhecidos. b) Escolher personagens da lista e redigir
um rascunho de uma narrativa, seguindo o roteiro: . Título.
. Tipo de narrador (narrador – observador ou narrador – personagem).
. O lugar onde acontece a história.
. Elementos para deixar a história
emocionante. .
A
VERDADE
Na
verdade, a Vitória Régia é uma planta aquática da família das ninfeáceas,
encontrada muito na flora Amazônica, principalmente nas várzeas, onde são
vistas flutuando nos lagos de pouca profundidade e sem muita correnteza. Sua gigante
folha verde chega a medir dois metros de diâmetro e tem as suas margens
levantadas até quinze centímetros. Chega a pesar até 45 kg. e serve de pouso a
muitas aves cansadas depois de uma longa jornada. Flutuam nos lagos como uma
enorme bandeja verde, trazendo em sua extremidade, como uma oferenda, uma
única, bonita e exótica flor que se abre no crepúsculo vespertino e fecha-se no
crepúsculo matutino. Essa for é muito aromática e tem de 25 a 35 cm de diâmetro
quando aberta. Suas raízes fixam-se no fundo das águas e suas folhas e flores,
são revestidas de espinhos na parte inferior, numa defesa natural contra a ação
predadora dos peixes. As sementes, que se
parecem com grãos de ervilha, podem ser comidas torradas.
Além dos
lagos da Amazônia, a Vitória Régia pode ser encontrada também em Mato Grosso e
nas Guianas. É cultivada como raridade nos Jardins Botânicos de todo o mundo,
devido ao tamanho descomunal de suas folhas e flores. Dizem que um naturalista
Inglês, querendo homenagear a sua soberana, a Rainha Vitória, foi quem deu o
nome a esta flor de Vitória Régia. Artes
Curupira ou Caipora
É
um mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do “descobrimento”.
índios e jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
É
um anão de cabelos vermelhos com pelos dentes verdes. Como protetor das árvores
e dos animais, costuma punir os agressores da natureza e o caçador que mata por
prazer. É muito poderoso e forte.
Seus pés voltados para trás servem para
despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê
perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível
capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes, chama as pessoas com
gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe – do – Mato,
Curupira e Caapora. Para os índios guaranis ele é o Demônio da Floresta. Às
vezes é visto montando um porco do mato.
De acordo com a crença, ao entrar na
mata, a pessoa deve levar um rolo de fumo para agradá-lo, no caso de cruzar com
ele.
Fonte: Folclore Brasileiro Ilustrado: A
Lenda do Curupira
1 – Você acredita que o Curupira existe?
Por quê?
2 – Você concorda com a atitude do
Curupira? Justifique sua resposta.
3 – Que atitudes o Curupira tem em defesa
da natureza?
4 – Que ensinamento a lenda desse mito
quer nos transmitir?
5 – Em sua opinião, o que deve ser feito
em relação a degradação do meio ambiente?
6 – Nesta história também aparece uma
simpatia. Destaque-a.
7 – Volte a ler o texto e transcreva
referente a personagem principal as: a) características físicas. b)
características psicológicas.
8 – Reproduza esse texto colocando o
Curupira contando sua própria história.
Lenda do guaraná
Em uma aldeia dos
índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável.
Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro
seria um grande chefe guerreiro.
Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita
inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então Jurupari transformou-se numa
enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas
na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela
volta do indiozinho, até que o Sol foi embora. Veio a noite e a Lua começou a
brilhar no céu iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados
com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu para procurá-lo.
Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza
tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento
uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem de perto
do corpo do menino. Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: “- É
Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para
que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”. Assim foi feito. Os índios
plantaram os olhinhos da criança imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o
rei do trovão.
Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que
os índios ainda não conheciam. Era o guaranazeiro. É por isso que os frutos do
guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante
a um olho humano.
Agora, diz aí, quem não gosta de guaraná?
1-
Leia
o trecho ”Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho,
muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que
levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro”. Por este trecho
podemos afirmar que o texto é uma: ( ) notícia de jornal. ( ) propaganda. ( )
lenda.
2-
Na
frase “Isto fez com que Jurupari, O Deus do mal, sentisse inveja do menino”, a
palavra grifada faz referência a: ( ) ao fato do indiozinho ser muito querido.
( ) aos pais do indiozinho. ( ) À enorme serpente.
3-
No trecho “... enquanto o indiozinho estava
distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança”,
as palavras grifadas dão idéia de que o índio: ( ) era indefeso. ( ) estava
perdido na floresta. ( ) era medroso.
4-
Da
saída do indiozinho até o momento em que a família o encontra, passaram-se ( )
dois dias. ( ) algumas horas. ( ) uma semana.
5-
Leia
o trecho “Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja...”
Marque a frase em que a vírgula é utilizada da mesma maneira. ( ) ... com um
único filho, muito bom, alegre e saudável. ( ) Agora, diz aí, quem não gosto de
guaraná? ( ) Brasil, país do futebol, é também o país do guaraná.
6-
6De
acordo com o texto, a frase que explica como o guaraná nasceu é: ( ) “Diz a
lenda que o guaraná nasceu de uma paixão”. ( ) “Os índios plantaram os olhinhos
da criança e dias depois nasceu uma planta: o guara-nazeiro”. ( ) “ Nascia na
Fazenda Santa Helena o laboratório para produção do guaraná”.
7-
No trecho “... É Tupã que se compadece de nós.
Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que
será nossa felicidade”, as aspas são utilizadas para: ( ) Marcar a oração dos
índios. ( ) destacar a fala de Tupã. ( ) marcar a fala da mãe do indiozinho.
8-
No
trecho “... ela atacou e matou a pobre criança”, a expressão grifada significa
que o índio: ( ) não tem o necessário para viver. ( ) é um mendigo. ( ) inspira
compaixão.
9-
A
frase “Agora diz aí, quem não gosta de guaraná”, é um jeito popular do
adolescente falar. Se fosse escrita para pessoas idosas ficaria ( ) A maioria
das pessoas gosta de guaraná, não é? ( ) Só bobo não se liga em guaraná! ( )
Galera, quem não gosta de guaraná?
10-
Os
frutos do guaraná são parecidos com os olhos humanos porque são: ( ) frutos
mágicos de Deus Tupã. () sementes negras rodeadas por uma película branca. ( )
os olhinhos da criança da tribo Maués.
11-
Pesquisar:
Origem / Propriedades medicinais do guaraná.
12-
Fazer
um cartaz com os dados mais relevantes da pesquisa.
O Saci
Gente da cidade grande, acostumada com
a luz elétrica, entregador de pizza, televisão, poluição, telefone celular,
trânsito e computador, não entende nada de Saci e só vai ver o Saci no dia de
São Nunca.
Acontece que o Saci é filho do mistério, filho
do vento que assobia, filho das sombras que formam figuras no escuro da
floresta, filho do medo da assombração. O Saci é uma dessas coisas que ninguém
explica.
Por exemplo. É muito fácil explicar
uma casa. Ela tem tijolos, portas, paredes, janelas e serve para morar. É muito
fácil também explicar um cachorro. É um animal mamífero, pertence à espécie
canina, abana o rabo, às vezes morde, faz xixi no poste, é amigo das pulgas e serve
para latir e tomar conta de casas e apartamentos.
Agora, tente explicar o gosto. por que
tem gente que gosta de uma coisa e gente que gosta justo do contrário?
Experimente explicar a beleza ou
explicar um sentimento ou as coincidências que acontecem ou o gosto ou os
sonhos, os acasos ou um pressentimento. Você já teve um pressentimento? Já
sentiu que uma coisa ia acontecer e, no fim, ela aconteceu mesmo? Pois bem,
agora tente explicar!
Às vezes a gente está calmamente em
casa com uma coisa na mão.
O telefone toca. A gente atende. Bate
um papo. Quando desliga, cadê a coisa que a gente estava segurando? Sumiu! A
gente não consegue acreditar. A coisa estava aqui agorinha mesmo! A gente
procura em todo o canto, xinga, reclama, arranca os cabelos, vira a casa de
cabeça para baixo e nada. De repente, olha pro lado... não é possível! A coisa
estava ali o tempo todo bem na cara da gente!
Numa casa de caboclo, quando isso
acontece, as pessoas dizem que foi obra do Saci. Dizem que o Saci tem mania de
esconder as coisas e depois fica escondido, dando risada, enquanto a gente faz
papel de bobo.
O Saci é um ser misterioso habitante do mato. Sua aparência é de um negrinho pequeno e risonho, de uma perna só, com um
capuz vermelho enterrado na cabeça, sem pelos no corpo, nem órgãos para fazer xixi e cocô. Costuma ter
três dedos nas mãos, que são furadas, e, quando quer , solta um assobio
misterioso e fica invisível. Além disso, vive com o joelho machucado e as
comandar os mosquitos, pernilongos e pulgas que vivem atazanando a vida da
gente. Tem outra coisa: O malandrinho aprecia fumar cachimbo e consegue soltar
fumaça pelos olhos! quando está de bom
humor, pode ajudar as pessoas a encontrar objetos perdidos. Em compensação,
adora pregar as piores peças nos outros:
faz os viajantes errarem seu caminho, esconde dinheiro e coisas de estimação,
faz vasos, pratos e copos caírem sem
motivo e quebrarem, gosta de judiar dos
bichos e é especialista em fazer comida
gostosa dar dor de barriga. De vez em quando, o Saci sai girando em volta de si mesmo, feito um
pião maluco, e gira tanto,tanto tanto
que até levanta as folhas secas e a poeira do chão. Aliás, muitos afirmam que é
só por isso que existem os rodamoinhos.
O Saci tem vários nomes, dependendo da
região onde aparece: pode ser Saci Cererê, Saci Taperê, Saci Pererê, Saci
Saçura, Saci Siriri, Saci Trique. Às
vezes é chamado de Matitaperê, Matintapereira
ou Sem – Fim, que na verdade, são nomes
de pássaros. É que em certos lugares, dizem, o danado, quando perseguido, dá
risada, vira passarinho e desaparece deixando todo mundo de queixo caído.
O Saci pode ser perigoso. Às vezes
chama as criancinhas, canta, dança, inventa lindas histórias e acaba fazendo as
infelizes se perderem na floresta. Pode também fazer um caçador entrar no mato
e nunca mais voltar. Para
dominar o Saci só tem um jeito: primeiro, pegar uma peneira. Segundo, esperar
um rodamoinho dos fortes. Terceiro, atirar a peneira bem em cima do pé de
vento. Quarto, agarrar o Saci que
aparecer preso na peneira. Quinto, arrancar seu capuz e, sexto prender o
espertinho dentro de uma garrafa. Sem aquele gorro vermelho o Saci fica
apavorado, ameaça, geme, choraminga, fala palavrão, implora e acaba fazendo
tudo que a gente quer.
Pode até ser bom morar na cidade,
mas como seria gostoso, um dia, assim, de repente, encontrar um Saci de verdade
fazendo bagunça, fumando cachimbo, soltando fumaça pelos olhos, virando
passarinho e sumindo no espaço! (Ricardo Azevedo. Armazém do folclore. São
Paulo, Ática, 2000. p. 18 a 20)
RESPONDA:
1 – O que o texto trouxe de novidade
sobre o Saci que você ainda não sabia?
2 – Quem é o autor do texto?
3 – De onde o texto foi tirado?
4 – Segundo o texto, gente da cidade
grande não entende nada de Saci. Você concorda com isso? Por quê?
5 – O autor diz que o Saci é uma coisa
que ninguém explica, que é mais fácil explicar uma casa ou um cachorro. Por
quê?
6 – A quem o autor se refere quando
fala em caboclo?
7 – Indique no texto a parte referente
às características físicas do Saci.
8 – Quais são os nome que o Saci
recebe conforme a região onde aparece?
9 – Na região onde você mora, como o
Saci é conhecido?
10 – por que em alguns lugares, ele
recebe nome de pássaros?
11 – Indique as frases que mostram o
jeito de ser e de agir do Saci. ( ) Tem
mania de esconder as coisas. ( ) Gosta
de ver as pessoas fazendo papel de bobas. (
) É mal – humorado. ( ) É
brincalhão. ( ) Fuma cachimbo. ( )
Protege os bichos. ( ) Auxilia
os caçadores a se localizarem nas
florestas. ( ) Gosta de judiar dos
bichos. ( ) Tem bom humor. ( ) Esconde dinheiro e as coisas de estimação.
( ) Faz um caçador entrar na mata e
nunca mais voltar.
12 – Em sua opinião, qual foi a
intenção do autor ao escrever este texto?
13 – Quanto s parágrafos possui este
texto?
14 – Releia o penúltimo parágrafo e desenhe, no caderno, as etapas de como
pegar um Saci.
15 – Você sabia que o Saci ganhou um
dia só para ele no nosso calendário? Em dupla pesquise que dia é esse e porque foi escolhido para
homenageá-lo.
16 – Transcreva os substantivos comuns
que aparecem no primeiro parágrafo colocando – os em ordem alfabética.
17 – Encontre, no texto, palavras que
não seguem a norma culta da Língua
Portuguesa.
18 - Releia o terceiro parágrafo e
destaque somente os verbos que da 1ª e
2ª conjugação, desconsiderando o verbo ser.
Em seguida complete o quadro. Verbos Modo indicativo - Futuro do
presente Eu _____ Tu _________Ele ________Nós ________Vós _______Eles/elas______
19 – Depois de ter lido o texto sobre
o Saci, você deve ter imaginado muitas traquinagens que ele é capaz de fazer.
Você poderá escolher entre duas opções
de proposta de produção: · Escrever uma história que você conheça sobro o Saci. Não se esqueça de colocar detalhes, deixando-a emocionante. · Inventar
uma história sobre o Saci.
Imagine o que poderia acontecer com essa
personagem por perto.
Importante lembrar: ·
Caracterizar personagens. ·
Caracterizar o lugar onde acontece a
história. ·
Colocar elementos para deixar a
história mais emocionante. ·
Letra legível. ·
Palavras escritas corretamente. ·
Pontuar adequadamente.
O SOL E A LUA
O Sol tinha acabado de passar um
pouco de curare em suas flechas e guardava e zarabatana bem à mão, pronto para atirar
das árvores, prestando atenção ao menor movimento das folhas. De repente, ouviu
uma gargalhada que o fez voltar-se. Sem perceber, acabara de passar por um
garoto que estava sentado ao pé de uma árvore com dois magníficos
papagaios.
O Sol se deteve e resolveu descansar um pouco junto deles. Nem
viu o tempo passar, e, quando se deu conta, o dia já estava acabando. Não
conseguia sair de perto dos dois
papagaios que tanto o divertiam.
Assim, propôs ao menino levar os dois papagaios em troca de seu
calar de plumas. O garoto estava muito preocupado com sua aparência, pois
acabara de completar dez anos. Agora já poderia pintar o corpo com urucum e
jenipapo. Seus cabelos acabavam de ser cortados, e, quando crescessem de novo ele teria direito de
prendê-los ou fazer tranças. Seria um rapazinho...
Já tinha as maçãs do rosto pintadas. Imaginava-se entrando na aldeia com aquele
cocar de plumas. Aceitou com alegria o oferecimento do Sol e lá se foi,
dançando, em direção à aldeia.
O Sol também estava com pressa, louco para mostrar a seu amigo Lua os dois papagaios. O amigo ficou maravilhado com a beleza e
plumagem dos pássaros e se divertiu muito com as palavras engraçadas que eles
diziam. assim, resolveu adotar um deles.
Escolheu o verde de cabeça amarela e o deixou colocar em sua
oca, empoleirado num pedaço de pau que enfiou no chão.
O Sol também fez um
poleiro para seu papagaio e o alimentou com grãos e sementes de todo tipo.
Na manhã seguinte, os amigos Lua e Sol foram pescar levaram o
arco e a flecha, e também arpões, para o caso de encontrarem pirarucu, que era
o seu peixe favorito, mas dificílimo de pegar. Ao anoitecer, voltando para
casa, estavam muitos cansados e não tiveram forças para preparar os peixes que haviam pescado. Deitaram-se nas
esteiras e logo dormiram.
Os papagaios pareciam triste
por vê-los assim, e naquela noite ficaram em silêncio. Nos dias que se
seguiram, o Sol e seu companheiro Lua não conseguiam entender por que os
papagaios estavam tão tristes. Quando os pegavam nas mãos para que se
empoleirassem nos dedos, tentando ensiná-los a falar, os pássaros pareciam não
mais se divertir.
Mas um dia, ao voltarem da caça, tiveram uma dupla surpresa.
Primeiro, os papagaios foram ao encontro deles, falando como nunca. Saltitavam
de um ombro para outro, como se quisessem cantar e dançar. Dentro da oca, uma
surpresa ainda maior os aguardavam:
junto ao fogo havia duas grandes vasilhas com cassaripe fumegente! Quem teria preparado a comida?
Eles se sentaram, comeram todo o delicioso pirão e se deitaram. Mas não
conseguiam dormir. Que mistério! Os papagaios os olhavam com um ar divertido. Se pudessem falar, será
que podiam contar o que havia acontecido?
No dia seguinte, quando foram
caçar, os do0is tinham a cabeça cheia de perguntas sem respostas.
Enquanto isso, na oca, acontecia uma cena estranha.
Os dois papagaios se transformaram pouco a pouco em duas moças
encantadoras, de cabelos longos, pretos e brilhantes como a noite sob a chuva.
Quando a metamorfose se completou, uma delas se escondeu perto da porta para
ver quando os dois amigos voltavam, enquanto a outra preparava a refeição. _
Depressa, não temos muito tempo! Hoje eles disseram que
chegariam mais cedo. Temos que acabar antes que voltem. Quando chegam da caça,
eles vêm tão cansados!
E que surpresa tiveram os dois mais uma vez! Resolveram que, no
dia seguinte, voltariam mais cedo e entrariam escondidos pelos fundos. Dito e
feito: deslumbrados com a beleza das duas moças, apaixonaram-se por elas e suplicaram que
nunca mais se transformassem em papagaios de novo. Fizeram uma grande festa
para celebrar os casamentos. Mas a casa havia ficado pequena demais para quatro
pessoas, e por isso decidiram se revezar para ocupá-la. O Sol e a mulher
escolheram o dia. Lua aceitou a noite. É por isso que nunca vemos o Sol e a Lua
ao mesmo tempo no céu. KUSS, Daniele.
A Amazônia, mitos e lendas. Tradução Ana Maria Machado. São Paulo: Ática, 1995.
p.12.
PROVE QUE PRESTOU ATENÇÃO:
1 – Leitura oral por um aluno ou o professor.
2 – Leitura individual silenciosamente.
3 – A partir da leitura da lenda, elabore uma síntese, isto é,
um resumo sobre ela.
Lembre-se que na síntese, que é a reprodução do texto em poucas
palavras, você deverá conservar as informações essenciais, organizando-as de modo a colocá-las numa
sequêmcia lógica – começo, meio e fim – e encadeando-as através do uso dos
elementos de coesão. ‘para facilitar o seu trabalho, observe alguns passos:
· Ler todo o texto para se
inteirar do assunto; ·
Reler esse texto, várias vezes, sublinhando frases ou palavras
que ajudem a identificar as idéias principais do texto; ·
Separar as explicações mais detalhadas da parte informativa mais
abrangente e geral; ·
Observar as palavras que fazem a ligação entre os diferentes
assuntos (de repente, assim, pois, quando, enquanto, por isso, etc.); ·
Resumir cada parágrafo, pois cada um encerra idéias diferentes;
·
Ler todos os parágrafos resumidos para dar uma estrutura de
texto adequada ao resumo e ao encadeamento do texto.
Na prática da análise linguística pode-se trabalhar a escrita de algumas
palavras como por exemplo: de repente. Completar o quadro com palavras
retiradas do texto: Escreve-se separado Escreve-se junto.
A lenda das borboletas
Isso aconteceu quando Jesus ainda era
menino. Um dia, ele saiu bem cedo para apanhar água no bosque. Era primavera e
o bosque estava coberto de flores: margaridas do campo, jasmim, madressilvas,
miosótis...
Jesus parou para admirar o colorido das
flores quando a brisa soprou mais forte. E o sopro da brisa carregou várias
florezinhas que, despetaladas, caíram aqui e ali. Algumas bem próximas de
Jesus.
Os olhos do menino encheram – se de
lágrimas. Ele pensava: daqui a pouco, elas murcham e nunca mais enfeitam o bosque. Então Ele abaixou – se e,
delicadamente, foi erguendo as pétalas e soprando – as de leve para o
alto.
Ao sopro mágico, as pétalas foram se
transformando em aveludadas e coloridas asas, que saíram a bailar entre as
ramagens, beijando as plantas em que haviam nascido. E foi assim que surgiram
as borboletas.
Interpretação:
1- Responda com frases completas:
a) Em que estação do ano se passa a
história?
b) Como estava o bosque naquela ocasião?
c) O que fez Jesus quando viu as flores?
2 – Numere na ordem dos acontecimentos: (
) As florezinhas caíram despetaladas. ( ) Jesus parou para admirar as flores. (
) Jesus transformou as flores em borboletas. ( ) A brisa soprou mais forte.
3 - Complete, esclarecendo por que
aconteceram os fatos:
a) Os olhos do menino encheram – se de
lágrimas porque ...
b) As borboletas surgiram porque ...
4 - Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª:
( 1 ) lenda ( ) ramos de uma planta
( 2 ) brisa ( ) tradição popular
( 3 ) ramagem (
) vento fresco
5 – Pesquise e anote o ciclo de vida da
borboleta.
6 – Reconte esta história com suas
palavras.
A LENDA DO JAPIM
Japim era um pássaro que vivia no céu cantando para Tupã, o chefe
dos deuses.
Um dia, apareceu uma doença terrível entre os índios. Ninguém sabia
o que fazer para ficar livre desse mal. Os índios resolveram pedir ajuda a
Tupã.
Tupã teve então uma idéia: mandar o pássaro Japim para aliviar o
sofrimento dos índios.
Japim desceu à Terra e cantou. Seu canto maravilhoso distraía os
índi8os. A doença foi desaparecendo e a alegria voltando à tribo.
Os índios ficaram tão contentes que pediram a Tupã para deixar
Japim vivendo para sempre com eles.
Tupã atendeu ao pedido e deu o pássaro para a tribo. Mas Japim começou a
ficar orgulhoso. Ele passou a imitar os outros pássaros da floresta e a zombar
deles.
Os pássaros,
aborrecidos, foram queixar-se a
Tupã.
Tupã nõ gostou da atitude de
Japim e disse-lhe:
- De hoje em diante, perderás o teu canto maravilhoso e passarás a
imitar o canto das outras aves.
É por isso que Japim, ao cantar, imita o canto dos pássaros. Adaptado do folclore
RESPONDA:
1 – Leitura compartilhada.
2 – Leitura silenciosa.
3 – Assinalar as frases na ordem
que aparecem na história: ( )
Tupã não gostou da atitude do pássaro. (
) Os índios teveram uma doença terrível. ( ) O canto do Japim fez a doença desaparecer. ( ) O
pássaro ficou muito orgulhoso.
4 – Responda por escrito. a)
Como os índios resolveram se livrar da doença que os afligiam? b) Qual foi a solução encontrada por Tupã? c) De que maneira o pássaro0 ajudou os índios?
5 – Copie, lado a lado, as palavras e seus significados. Use o
dicionário. Palavras Significados Imitar Atitude Zombar Maravilhoso orgulhoso
6 – Escreva as frases, trocando as palavras sublinhadas por seus
sinônimos. a) Os pássaros ficaram
aborrecidos. b) Japim veio aliviar o
sofrimento dos índios. c) Seu canto
maravilhoso distraia os índios.
7 _ Complete as expressões utilizando palavras do retângulo. orgulhoso – bondoso – corajoso
– poderoso – orgulhosa – bondosa – poderosa - corajosa
a) Quem tem orgulho é
_________________ ou ______________________ .
b) Quem tem poder é
____________________ ou _____________________ .
c) Quem tem coragem é
______________________ ou __________________ .
d) Quem tem bondade é
______________________ ou __________________ .
8 – Transcreva do texto as
palavras as palavras que têm s com som
de z. Resposta:
________________________________________________________________________
9 – Complete com s ou z. ____ombar atra___do co___inha surpre ___a bu ___ina Ca ___inha te ___oura bele ___a Ra ___ura RO ___eira
10 – Faça por escrito o resumo da lenda do Japim. Não esqueça de que, num resumo, devemos citar
apenas os fatos mais importantes, ou seja, as idéias principais.
A LENDA DO GIRASSOL
Dizem que existia no céu
uma estrelinha tão apaixonada pelo Sol que era a primeira a aparecer de
tardinha, antes que ele se escondesse.
E toda vez que o Sol se
punha ela chorava lágrimas de chuva.
A Lua falava com a
estrelinha que assim não podia ser. Que a estrela nasceu para brilhar à noite e
que não tinha sentido esse amor.
Mas a estrelinha amava
cada raio de sol como se fosse a única luz de sua vida. Esquecia até sua
própria luzinha.
Um dia ela foi falar com
o Rei dos Ventos para pedir a sua ajuda, pois queria ficar olhando o Sol,
sentindo o seu calor eternamente.
O Rei dos Ventos disse
que seu sonho era impossível, a não ser que ela abandonasse o céu e fosse morar
na Terra, deixando de ser estrela.
A estrelinha não pensou
duas vezes: virou uma estrela cadente e caiu na Terra em forma de semente.
O Rei dos Ventos plantou
esta sementinha com muito carinho e regou com as mais lindas chuvas.
A sementinha virou
planta. As suas pétalas foram se abrindo, girando devagarinho, seguindo o giro
do Sol no céu.
É por isso que os
girassóis até hoje explodem seu amor em lindas pétalas amarelas.
1 - Depois da leitura da Lenda do Girassol, interpretá-la através de
desenhos e pinturas.
2 – Transcrever do texto
as palavras com dígrafos e destacá-los.
3 – Pesquisar e registrar
no caderno a origem e as utilidades do girassol.
AS
LÁGRIMAS DE POTIRA
Há muito tempo, vivia à beira de um rio uma tribo de
índios. Dela fazia parte um casal muito feliz: Itagibá e Potira. Itagibá, que
quer dizer braço forte, era um guerreiro robusto e destemido. Potira, cujo nome
quer dizer flor era uma índia jovem e formosa.
Vivia o casal tranqüilo e venturoso, quando rebentou uma
guerra contra uma tribo vizinha. Itagibá teve de partir para a luta. E foi com
profundo pesar que se despediu da esposa querida e acompanhou os outros
guerreiros. Potira não derramou uma só lágrima, mas seguiu com os olhos cheios
de tristeza, a canoa que conduzia o esposo, até que a mesma desapareceu na
curva do rio.
Passaram-se muitos dias sem que Itagibá voltasse à taba.
Todas as tardes; a índia esperava, à n\margem do rio, o regresso do esposo
amado. Seu coração sangrava de saudade, mas permanecia serena e confiante, na
esperança de que Itagibá voltaria à taba.
Finalmente, Potira foi informada de que seu esposo jamais
regressaria. Ele havia morrido como um herói, lutando contra o inimigo. Ao ter
essa notícia, Potira perdeu a calma que mantivera até então e derramou lágrimas
copiosas.
Vencida pelo sofrimento, Potira passou o resto de sua vida,
a beira do rio, chorando sem cessar. Suas lágrimas puras e brilhantes
misturaram-se com as areias brancas do rio.
A dor imensa da índia impressionou Tupã, o rei dos deuses.
E este, para perpetuar a lembrança do grande amor de Potira, transformou suas
lágrimas em diamantes.
Daí a razão pela qual os diamantes são encontrados entre os
cascalhos dos rios e regatos. Seu brilho e pureza recordam as lágrimas de
Potira. Theobaldo Miranda Santos. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo. Ed.
Nacional, 1987. P. 140-1.
1 – Faça leitura silenciosa e vá anotando no caderno as
palavras que você não conhece. Depois o professor irá sortear alguém para
contar a história para a classe. Se for você o escolhido, atenção à sequência
da história, aos detalhes importantes, à altura da voz. Caso você não seja o escolhido, é importante
que preste atenção e faça silêncio à recontagem feita pelo colega. .
2 – Explique, pesquisando no dicionário, o significado das
palavras e expressões destacadas a seguir. a) “...guerreiro robusto e destemido.”
b) “...casal tranqüilo e venturoso,”
c) “...rebentou uma guerra...”
d) “...profundo pensar...” e) “...lágrimas copiosas.”
3 – O texto traz o significado dos nomes das personagens
Itagibá e Potira. Explique o que há em comum entre esses significados e a
caracterização feita das duas personagens.
4 – Como se sentiu Itagibá quando teve que partir para a
guerra?
5 – Em sua opinião, por que Potira não derramou lágrimas
quando o marido partiu?
6 – Exp0lique, por escrito,
por que essa história foi criada.
7 – O que nesse texto poderia fazer parte da realidade e o
que não poderia?
8 – O que há de comum 3entre o diamante e as lágrimas de
Potira?
9 – é possível saber quando essa história aconteceu?
Justifique sua resposta.
10 – Certa vez a professora ditou paras os alunos parte da
lenda As lágimas de Potira. Uma aluna
cometeu alguns erros nas separações de sílabas. Indique-os e reescreva
as palavras com a separação de sílaba
adequada. As
lágimas de Potira A descoberta
das minas de diamantes, no Brasil, deu origem a divers- as lendas. Vejamos uma
das mais interessantes: há muito
tempo, vivia à beira de um rio um tribo de ind- ios. Dela fazia parte um casal
muito feliz: Itagibá e Potira. Itagibá, que si – gnifica braço forte, era um
guerreiro robusto e destimido. Potira, cujo qu- er dizer flor, era uma índia
jovem e formosa.
11 – Releia a lenda As lágimas de Potira e reescreva-a colocando como narradora a
própria Potira. Inicie o seu
texto assim: Há muito tempo, eu
vivia à beira de um rio...
12 – Leitura para a classe da recontagem da lenda feita
pelos alunos.