12 de set. de 2024

FIGURAS DE LINGUAGEM -

 

Figuras de linguagem: o que são, exemplos e exercícios

Ilustração colorida destacando o termo 'figuras de linguagem' com letras estilizadas e decorativas, ideal para estudo de gramática e literatura.

As figuras de linguagem são formas de expressão, comparadas a “fugas” discursivas, que destoam da linguagem comum ou denotativa. São usadas quando nem sempre uma ideia pode (ou precisa) ser comunicada literalmente. 

Elas permitem uma plurissignificação do enunciado, ou seja, vários tipos de interpretações conforme o senso comum. Podemos dizer que a criatividade humana permite uma comunicação mais fluida e não necessariamente está obrigada a seguir a literalidade do mundo. 

Para que todas as possibilidades sejam alcançadas, as figuras de linguagem abrangem diferentes modalidades:

  • de palavras ou semântica 
  • de sintaxe ou construção
  • de pensamento
  • de som ou harmonia

O que são figuras de linguagem? 

denotação de uma palavra se refere ao seu significado básico e independe do contexto. Já a conotação está diretamente ligada ao contexto em que a palavra é utilizada.

Por exemplo, na frase “João tem um coração de gelo”, o termo “coração de gelo” pode ter tanto um sentido denotativo quanto conotativo. No sentido denotativo, o coração seria literalmente feito de gelo. Por outro lado, no sentido conotativo, a expressão indica que Fulano é uma pessoa insensível.

Nesse sentido, as figuras de linguagem estão intimamente ligadas à conotação, pois ao utilizá-las, pretendemos atribuir um significado que vai além do sentido original ou denotativo das palavras. Dessa forma, o sentido figurado amplia a capacidade expressiva da linguagem, evidenciando sua natureza plurissignificativa.

Tipos de figuras de linguagem

As figuras de linguagem servem para gerar efeitos nos discursos e dar mais eloquência aos textos. São divididas em 4 tipos, como vimos anteriormente. Abaixo delas, existem diversas representações. Confira: 

Figuras de palavras ou semânticas

SemânticaSintaxePensamentoSom/sentido
ComparaçãoElipseHipérboleAliteração
MetáforaZeugmaLitotesAssonância
MetonímiaAnáforaEufemismoOnomatopeia
CatacresePleonasmoIroniaParanomásia
PerífraseAnacolutoProsopopeia
SinestesiaAntítese
Paradoxo
Apóstrofe
Gradação
"Infográfico ilustrado sobre figuras de linguagem, incluindo exemplos de antítese, comparação, metáfora, metonímia, paradoxo, prosopopeia e hipérbole, útil para estudos de gramática e literatura.

Comparação

A comparação é uma figura de linguagem que estabelece uma relação de semelhança entre dois elementos distintos. Ela é construída por meio de conectivos comparativos, como “como”, “tal qual”, “parecido com”, entre outros. Tem o objetivo de tornar mais claro ou enfático um aspecto do objeto ou ideia que está sendo descrito. 

Por exemplo, na frase “Ela é tão doce como mel”, a comparação é feita entre a doçura de “ela” e a do mel, destacando o quão doce ela é.

Metáfora

A metáfora usa uma palavra ou expressão com um sentido diferente do habitual, estabelecendo uma relação de semelhança entre dois termos. Ela é usada para criar uma imagem mental mais vívida ou para transmitir uma ideia de forma mais poética ou impactante. Diferente da comparação, a metáfora não exige conjunção ou locução conjuntiva comparativa.

Exemplo: “Tempo é dinheiro.” 

Nessa frase, a palavra “tempo” é usada metaforicamente para representar o valor e a importância do tempo, comparando-o ao valor do dinheiro.

Metonímia 

A metonímia usa uma palavra ou expressão no lugar de outra, com a qual mantém uma relação de proximidade ou associação. Diferente da metáfora, na metonímia, a relação entre os termos é de contiguidade, ou seja, os termos estão próximos no espaço ou no tempo, ou têm uma relação de causa e efeito, parte e todo, entre outros.

Exemplo:  “O Brasil venceu a Argentina.”

Nessa frase, “Brasil” e “Argentina” são usados metonimicamente para se referir às seleções de futebol desses países. O termo “Brasil” é usado no lugar de “seleção brasileira de futebol” e “Argentina” é usado no lugar de “seleção argentina de futebol”.

A metonímia é uma figura de linguagem muito comum e pode ser encontrada em diversas situações do nosso cotidiano, como em expressões como “tomar um café” (usando “café” para se referir à bebida), “ler Machado de Assis” (usando “Machado de Assis” para se referir às obras do autor), entre outras. 

Catacrese

A catacrese é usada na palavra de forma imprópria, quando não há um termo específico para designar determinado objeto ou conceito. É uma espécie de metáfora desgastada pelo uso constante, ao ponto de se tornar parte do uso comum da língua, sem que haja uma alternativa mais precisa para substituí-la.

Exemplo de catacrese: “O pé da mesa está quebrado.”

Nessa frase, “pé da mesa” é uma expressão catacrética, pois usa a palavra “pé” para se referir à parte da mesa que a sustenta, mesmo sabendo que o termo “pé” é mais adequado para partes do corpo humano.

Perífrase ou antonomásia 

A perífrase usa um conjunto de palavras para expressar uma ideia que poderia ser transmitida por uma única palavra ou expressão mais simples. Ela é utilizada para enfatizar características, qualidades ou aspectos de algo ou alguém, tornando a linguagem mais rica e expressiva.

Exemplo de perífrase: “O rei dos animais.” 

Nessa expressão, “o rei dos animais” é uma perífrase para se referir ao leão, destacando a sua posição de destaque entre os animais pela sua força e imponência.

Sinestesia

A sinestesia ilustra a combinação de sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido, como a visão, audição, olfato, paladar e tato. Ela ocorre quando um estímulo de um sentido evoca a sensação de outro sentido, criando uma associação sensorial única e impactante.

Exemplo: “Um silêncio ensurdecedor.” 

Nessa frase, a combinação das palavras “silêncio” e “ensurdecedor” cria uma imagem sensorial contraditória, pois o silêncio é associado à ausência de som, enquanto “ensurdecedor” está relacionado a um som extremamente alto. Essa combinação sugere que o silêncio é tão intenso que pode ser sentido como um som alto, criando uma imagem sensorial poderosa.

Figuras de sintaxe

Elipse

A elipse omite um termo ou parte de uma frase que pode ser facilmente inferida pelo contexto. Essa omissão é feita para dar mais fluidez ao texto e evitar repetições desnecessárias.

Exemplo de elipse: “João comprou um carro; Maria, uma moto.” 

Nessa frase, o verbo “comprou” é omitido na segunda parte da frase, pois pode ser facilmente inferido que Maria também comprou algo, no caso, uma moto.

Zeugma

O zeugma também trabalha com a omissão de termo já mencionado anteriormente na frase, mas que continua implícito. 

Exemplo de zeugma: “Ele comprou uma camisa azul; ela, uma vermelha.” 

Nessa frase, o zeugma ocorre com o verbo “comprou”, que é omitido na segunda parte da frase, pois é subentendido que “ela” também comprou algo, no caso, uma camisa vermelha.

Anáfora

A anáfora, diferente do zeugma e da elipse, repete uma palavra ou expressão no início de duas ou mais frases ou versos consecutivos. Essa repetição tem o objetivo de enfatizar uma ideia, criar um efeito rítmico ou poético, ou mesmo reforçar a coesão textual.

Exemplo de anáfora:

“Eu te vejo na luz das estrelas.
Eu te vejo na luz da lua.
Eu te vejo na luz do sol.” 

Nesse exemplo, a palavra “eu te vejo” é repetida no início de cada frase, criando um efeito de repetição que enfatiza a ação de ver a pessoa mencionada.

Pleonasmo

O pleonasmo também como a anáfora, consiste na repetição de palavras ou ideias, sem acrescentar informações relevantes ao significado da frase. Apesar de ser considerado um vício de linguagem em muitos casos, o pleonasmo pode ser utilizado de forma intencional para enfatizar uma ideia ou para criar um efeito estilístico.

Exemplos de pleonasmo:

1. “Subir para cima”: Nesse caso, a palavra “para cima” é desnecessária, pois a ação de subir já indica um movimento ascendente.

2. “Entrar para dentro”: Aqui, a palavra “para dentro” é redundante, pois a ação de entrar já implica em direção ao interior de algo.

3. “Ela sorriu com os lábios”: O sorriso é naturalmente feito com os lábios, então a inclusão da expressão “com os lábios” é pleonástica.

Anacoluto

O anacoluto ocorre quando há uma quebra na estrutura sintática da frase, gerando uma incoerência ou interrupção na construção gramatical. Essa quebra pode ocorrer por diversos motivos, como a inserção de um termo ou expressão que não se encaixa na estrutura da frase, a mudança abrupta de um pensamento para outro, ou a falta de concordância entre as partes da frase.

Exemplos de anacoluto:

1. “Eu não sei se… Ah, esquece.” Nesse exemplo, há uma interrupção na estrutura da frase, pois o pensamento é interrompido antes de ser concluído. O “Ah, esquece” não se encaixa na estrutura da frase iniciada com “Eu não sei se”.

2. “Maria, eu a vi ontem… Ela estava muito bonita.” Aqui, há uma quebra na estrutura da frase, pois o pronome “a” deveria concordar com “Maria”, mas a frase é continuada com “ela”, referindo-se à mesma pessoa.

3. “Aquele carro é muito rápido, eu já dirigi um uma vez.” Neste caso, há uma incoerência na construção da frase, pois o termo “um” não se encaixa corretamente na estrutura da frase após o pronome “eu”.


Figuras de pensamento

Hipérbole

A hipérbole é o exagero intencional de uma ideia, fato ou característica, com o objetivo de enfatizar algo de forma marcante, muitas vezes irônica ou humorística.

Exemplos de hipérbole:

1. “Estou morrendo de fome.” Nesse caso, a pessoa não está literalmente morrendo, mas está usando a hipérbole para enfatizar que está com muita fome.

2. “Esperamos horas na fila.” Aqui, a palavra “horas” é usada de forma exagerada para enfatizar o tempo que foi esperado, que provavelmente não foi literalmente várias horas.

3. “Ele tem uma tonelada de problemas.” Essa frase exagera a quantidade de problemas que a pessoa tem, usando o peso de uma tonelada para enfatizar a gravidade da situação.

Litotes

A litotes é uma figura de linguagem que consiste na negação de uma ideia para afirmar o contrário de forma atenuada, suavizando a afirmação para enfatizar uma ideia de forma sutil ou irônica. É uma figura comum na língua portuguesa e pode ser encontrada em diversos contextos.

Exemplos de litotes:

1. “Não é ruim” (para dizer que algo é bom): Neste caso, a negação de “ruim” sugere que algo é positivo, mas de forma suave, sem usar diretamente a palavra “bom”.

2. “Ela não é feia” (para dizer que ela é bonita): A negação de “feia” sugere que a pessoa é bonita, mas de forma mais delicada e não tão direta.

3. “Não é difícil” (para dizer que é fácil): A negação de “difícil” indica que algo não é complicado, mas de forma menos enfática do que afirmar que é fácil.

Eufemismo

O eufemismo é uma figura de linguagem que consiste em suavizar uma expressão, substituindo-a por outra que seja mais agradável, polida ou menos direta, geralmente para amenizar a rudeza, a dureza ou a gravidade do que está sendo dito. É muito utilizado em situações delicadas, para evitar termos considerados ofensivos, grosseiros ou excessivamente diretos.

Exemplos de eufemismo:

1. “Ele nos deixou” (para dizer que alguém morreu): O eufemismo “nos deixou” é utilizado para suavizar a expressão e evitar o termo “morreu”, que pode ser considerado mais duro ou doloroso.

2. “Ela está em uma situação financeira difícil” (para dizer que está com problemas financeiros): Neste caso, o eufemismo “situação financeira difícil” é usado no lugar de “problemas financeiros” para amenizar a gravidade da situação.

3. “Descanso final” (para dizer enterro ou funeral): O eufemismo “descanso final” é utilizado para se referir ao enterro ou funeral de alguém, suavizando a ideia da morte.

Ironia

A ironia é muito conhecida por dizer o oposto do que se pensa, muitas vezes com o objetivo de criticar algo de forma sutil ou humorística. É uma figura bastante utilizada na linguagem cotidiana, na literatura e na comunicação em geral, para transmitir mensagens indiretas ou provocativas.

Exemplos de ironia:

1. “Que dia lindo para um picnic” – dito em um dia chuvoso. Aqui, a ironia está no fato de que o dia não está apropriado para um picnic, ao contrário do que a frase sugere.

2. “Parabéns, você realmente fez um ótimo trabalho” – dito de forma sarcástica para alguém que fez um trabalho malfeito. A ironia está na contradição entre as palavras e o tom de voz, que indicam o contrário do que está sendo dito.

3. “Ah, que maravilha, meu carro quebrou de novo” – dito quando algo indesejado acontece. Neste caso, a ironia está no uso da palavra “maravilha” para descrever uma situação negativa.

Prosopopeia

A prosopopeia, também conhecida como personificação, é uma figura de linguagem que atribui características humanas, como sentimentos, ações e qualidades, a seres inanimados, animais ou ideias. É uma forma de dar vida e tornar mais vívida a descrição de algo, tornando a linguagem mais expressiva e imaginativa.

Exemplos de prosopopeia:

1. “A Lua sorria no céu.” Neste exemplo, a Lua, um astro inanimado, é personificada ao atribuir-lhe a ação de “sorrir”, um comportamento humano.

2. “O vento sussurrava entre as folhas.” Aqui, o vento, que é um fenômeno natural, é personificado ao ser descrito como se fosse capaz de “sussurrar”, uma ação associada a seres humanos.

3. “A cidade acordou com o barulho dos carros.” Neste caso, a cidade é personificada ao ser descrita como se fosse capaz de “acordar”, atribuindo-lhe características humanas.

Antítese

A antítese é uma figura de linguagem que consiste na aproximação de termos ou ideias opostas, com o objetivo de criar um contraste e destacar uma diferença entre eles. É uma técnica comum na literatura e na retórica, utilizada para enfatizar uma ideia, criar impacto ou gerar reflexão.

Exemplos de antítese:

1. “É o amor, é o ódio.” – Nesta frase, há uma antítese entre “amor” e “ódio”, dois sentimentos opostos, para destacar a intensidade das emoções.

2. “Amar e odiar, são verbos que se conjugam na vida.” – Aqui, a antítese entre “amar” e “odiar” é usada para mostrar a dualidade das emoções humanas.

3. “O dia era claro, a noite escura.” – Neste exemplo, há uma antítese entre “dia claro” e “noite escura”, ressaltando a diferença entre os dois períodos do dia.

Paradoxo ou oximoro

O paradoxo é a ideia ou expressão que, à primeira vista, parece contraditória ou absurda, mas que, ao ser analisada mais profundamente, revela um sentido lógico ou uma verdade profunda. É uma técnica comum na literatura e na retórica, utilizada para provocar reflexão e surpreender o leitor ou ouvinte.

Exemplos de paradoxo:

1. “Menos é mais.” – Nesta expressão, aparentemente contraditória, o paradoxo sugere que, em algumas situações, a simplicidade e a parcimônia podem ser mais eficazes e valiosas do que a abundância ou a complexidade.

2. “Vivo sem viver em mim.” – Este verso de Camões apresenta um paradoxo ao sugerir que é possível estar vivo, mas não se sentir vivo ou plenamente consciente.

3. “O silêncio é ensurdecedor.” – Neste exemplo, o paradoxo sugere que o silêncio pode ser tão intenso e perturbador que chega a ser ensurdecedor, apesar de sua natureza silenciosa.

Gradação

A gradação, também conhecida como clímax ou progressão, é uma figura de linguagem que enumera termos em ordem crescente ou decrescente de intensidade, tamanho, importância, entre outros, com o objetivo de criar um efeito de progressão ou intensificação. É uma técnica utilizada para enfatizar uma ideia, criar suspense, aumentar a dramaticidade ou impacto do discurso.

Exemplos de gradação:

1. “Vim, vi, venci.” – Nesta frase atribuída a Júlio César, há uma graduação de ações que sugere um aumento progressivo de conquista e triunfo.

2. “E o tempo passa, voa, e não espera por ninguém.” – Neste exemplo, há uma graduação de intensidade temporal, destacando a rápida passagem do tempo.

3. “Ela era bela, formosa, encantadora.” Aqui, há uma graduação de adjetivos que ressaltam a beleza da pessoa descrita, intensificando a imagem positiva.

Figuras de som

Aliteração 

A aliteração repete um mesmo som consonantal em uma sequência de palavras próximas, com o objetivo de criar um efeito sonoro, destacar determinadas palavras ou expressões e proporcionar musicalidade ao texto. 

Exemplos de aliteração:

1. “O rato roeu a roupa do rei de Roma.” – Neste exemplo, a repetição do som “r” cria um efeito sonoro que enfatiza a ação do rato e torna a frase mais melodiosa.

2. “Silêncio, suavidade, serenidade.” – Aqui, a repetição do som “s” cria uma sensação de suavidade e tranquilidade, reforçando o significado das palavras.

3. “Murmurando meigas melodias, o riacho corria pela relva.” – Neste caso, a repetição do som “m” reforça a ideia de suavidade e tranquilidade associada ao riacho.

Assonância

A assonância, diferente da aliteração, repete sons de vogais iguais ou semelhantes em palavras próximas. Assim como a aliteração, a assonância é utilizada para enfatizar palavras ou expressões, criar ritmo e musicalidade no texto.

Exemplos de assonância:

1. “O poeta com sua pena serena.” – Neste exemplo, a repetição do som “e” nas palavras “pena” e “serena” cria um efeito sonoro suave e harmonioso.

2. “A luz azul inundou a rua.” – Aqui, a repetição do som “u” nas palavras “luz” e “rua” cria um efeito sonoro que reforça a ideia de luminosidade.

3. “No lago, as águas calmas refletem a calma da manhã.” – Neste caso, a repetição do som “a” nas palavras “águas”, “calmas” e “manhã” cria um efeito sonoro que transmite tranquilidade e serenidade.

Onomatopeia

A onomatopeia faz a imitação de sons reais por meio de palavras, ou seja, é quando uma palavra reproduz ou sugere o som de algo que ela representa. Essa figura é muito utilizada na literatura, principalmente na poesia e na prosa poética, para criar efeitos sonoros que ajudam a transmitir sensações e emoções ao leitor.

Exemplos de onomatopeias:

1. “O sino da igreja bong, bong, bong.” – Neste exemplo, a palavra “bong” imita o som do sino da igreja.

2. “O cachorro late au au.” – Aqui, a palavra “au au” representa o som do latido do cachorro.

3. “A abelha zumbia ao meu redor.” – Neste caso, a palavra “zumbia” imita o som do zumbido da abelha.

Paranomásia

A paranomásia aproxima palavras que possuem sons semelhantes, mas significados diferentes, criando um efeito de trocadilho ou jogo de palavras. Essa figura é comumente utilizada para criar humor, destacar ideias ou transmitir um significado mais profundo por meio da semelhança sonora entre as palavras.

Exemplos de paranomásia:

1. “Quem não arrisca, não petisca.” – Neste exemplo, a palavra “arrisca” está próxima de “petisca”, criando um efeito sonoro que reforça o significado da frase, que é a necessidade de correr riscos para obter resultados.

2. “Onde reina a desordem, a ordem desaparece.” – Aqui, a palavra “desordem” está próxima de “ordem”, criando um jogo de palavras que destaca a relação entre os conceitos opostos.

3. “Quem com ferro fere, com ferro será ferido.” – Neste caso, a palavra “ferro” é repetida com significados diferentes, criando um efeito de reflexão sobre a lei do retorno.